domingo, 24 de julho de 2011


Acho que ninguém perde por acreditar. Não faz nenhum mal confiar. Eu sinto pena de quem não acredita”.
E sinto mesmo. Sinto pena de gente cínica que vive uma vida meia boca e sai por ai arrotando sabedoria. Sinto pena de gente que ri de quem acredita, mas que se conforma a uma vida em que tudo que faz é suspirar e desejar que as coisas fossem diferente. Gente que aceita um salário meio boca, em um emprego meia boca e passa a vida falando mal do chefe no elevador. Gente que vive em um relacionamento em que tem que pisar em ovos porque morre de medo de dizer a coisa errada e perder a outra pessoa.  Gente que tem que sair de casa sábado a noite, mesmo que seja para estar em uma balada horrível apenas porque não agüentar ficar um dia em casa com os próprios pensamentos. Eu morro de pena principalmente de gente que te olha de cima porque acha que vive uma vida perfeita e que só existe um jeito certo de fazer as coisas.
E não existe. Não existe porque a vida é um tiro no escuro. Você aposta, faz o melhor que pode e torce para dar certo. É claro que você vai trabalhar, fazer planos, lutar. Mas bem sabemos que quando tudo pode dar errado, simplesmente dá. Por isso de nada adianta sua cara carrancuda, se você não acreditar.
Eu acredito, sempre acreditei e do meu jeito meio inocente, meio torto, meio confuso, meio medroso, eu só faço aquilo que acredito, porque ainda que de errado, a satisfação de ter acreditado em mim, não tem preço.

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